sábado, 2 de maio de 2009

Os números do fracasso da educação pública

Nesta última semana foram divulgados os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) efetuado ano passado com estudantes de escolas públicas e particulares brasileiras. Os números divulgados são alarmantes e contrariam o discurso dos governos estaduais, que argumentam o crescimento nos índices educacionais.

Das 1000 (mil) melhores escolas, segundo o ENEM, 906 são particulares, 58 são federais e apenas 36 são estaduais, das 1000(mil) escolas com pior desempenho 965 são estaduais, 28 são municipais e 7 são particulares.
Das 100 (cem) melhores colocadas 29 estão no Rio de Janeiro, 23 em Minas Gerais e 20 em São Paulo sendo que destas 100 escolas 83 são particulares, 15 são federais e apenas 2 são estaduais. (fonte www.educacaoemdebate.com)


Podemos enumerar diversas razões para a crise da educação pública. Mas podemos dizer também que as próprias políticas públicas educacionais, implementadas (ou impostas) pelo Estado criaram essa situação alarmante. Como já disse antes, a insistência em uma educação com o objetivo claro de manter e perpetuar o status quo de um sistema excludente (como é o capitalismo) é o grande responsável por essa crise.

Investimento na educação e valorização e formação dos profissionais da educação são muito importantes. Mas não adianta fazer essas ações apenas. É necessário repensar o papel da educação, mesmo a institucional. Precisamos lutar por uma educação libertadora, includente, que forme uma geração de sujeitos sociais de sua própria realidade, e não ferramentas e engrenagens do sistema, para que se mantenha uma sociedade de privilegiados sustentados pelos trabalhadores.

Volto a repetir, precisamos de uma nova educação, libertadora.

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