domingo, 31 de maio de 2009

Documento final da Conferência Micro-Regional de Educação

Olá companheiros.

Infelizmente não consegui o documento final de nossa Conferência Micro-Regional de Educação. Mas por pedidos vou postar aqui as modificações por parágrafo dos Eixos Temáticos I e VI, que devem ser acompanhados com o documento referência. Boa leitura:

Eixo Temático I – O papel do Estado na Garantia do direito à Educação Pública de Qualidade.

Modificações por parágrafo aprovadas em plenária


Parágrafo 14 – acrescentar ao final: “desigualdade e exclusão social”.

Parágrafo 15 – acrescentar ao final: “Mesmo aqueles que tiveram acesso à educação básica não reúnem as competências necessárias para a formação almejada, resultando num alto índice de analfabetos funcionais.

Parágrafo 23 – acrescentar depois de Constituição Federal “(...) atualmente não respeitado, (...)”

Parágrafo 24 – acrescentar ao final: “garantindo sua unidade, e não a sua uniformidade.”

Parágrafo 25 – Acrescentar: “Além disso acreditamos na necessidade de um regime de colaboração entre os diversos órgãos públicos,como a saúde, educação e serviço social de forma institucionalizada como política pública, em prol da educação.”

Parágrafo 26 – Substituir “formar para o trabalho” por “formar para o pleno exercício da cidadania e do mundo do trabalho.

Parágrafo 34 (a) - Modificar: “Ampliar e acompanhar o atendimento dos programas de renda mínima associados à educação, a fim de garantir o acesso, permanência e rendimento escolar a toda a população.”

Parágrafo 34 (e) - Levar para o debate a questão “o que é autonomia financeira.”

Paragrafo 47 - Acrescentar: “Para isso vemos a necessidade de políticas publicas que ofereçam uma formação continuada à todos os profissionais da educação, para que os mesmos estejam preparados para a inclusão e democratização da educação.”

Parágrafo 54 (e) - Acrescentar: “com a devida regulamentação.

Parágrafo 54 (L) - Acrescentar: “, com atendimento especializado e formação para todos os profissionais envolvidos com a educação, provendo com materiais específicos.

Parágrafo 54 (aa) - Acrescentar : “Uma educação voltada para o estudo, prática e preservação do meio ambiente, garantido como disciplina dentro da base nacional comum.

Parágrafo 54 (ab) - Acrescentar; “Enquanto políticas públicas a garantia de participação efetiva da família e da comunidade dentro da escola.

Parágrafo 54 (ac) - Acrescentar como ponto final : “Finalmente uma educação empreendedora voltada para a formação do indivíduo preparado para atuar de forma integral enquanto agentes transformadores de sua realidade social, seja através do mundo do trabalho, seja por ações sócio-políticas conscientes e participativas da sociedade civil.

Documento Final da Conferência Micro-Regional de Educação

Essas são as modificações do eixo temático VI

Eixo Temático VI - Justiça Social, Educação e Trabalho: Inclusão, diversidade e igualdade.


265 - Dessa forma, um dos desafios a ser enfrentado na articulação entre justiça social, educação e trabalho, tendo como eixo a inclusão e diversidade na implementação de políticas públicas, é a desmistificação do lugar de neutralidade estatal. Cabe ao poder público garantir a universalidade dos deveres e direitos, criando mecanismos capazes de fiscalizar principalmente o cumprimento dos deveres. A partir daí pode-se falar em superar as desigualdades sociais. Porém...


277 – Assim, antes de pensar em políticas públicas que concorram para política social, educação e trabalho é necessário que se estabeleça a matriz conceitual de justiça social, que uma vez definida considerará a inclusão...

a)...

b) Garantam a educação inclusiva cidadã e de qualidade....

c) ... oferecendo um professor qualificado para suprir a ausência em sala de aula durante a capacitação do mesmo.

f) Estimulem e facilitem...

h) Contribuam e assegurem ......

i) Garantam e fiscalizem......

280

i)Efetivar as redes de apoio aos sistemas educacionais público por meio de convênios e parcerias com instituições educacionais privadas, e ainda com a saúde, ação social...

v) Incluir a educação especial em todos os projetos de política pública educacional.

Qual e a matriz conceitual de justiça social do que se quer defender

x) Ampliar e reformar as escolas públicas para que a comunidade escolar possa ser atendida em suas necessidades e especificidades.

281
E) Ampliar , criar e financiar escolas agrícolas para atender a realidade de cada município


283-k) Assegurar através de mecanismos legais o ítem j

284) A- IMEDIATAMENTE

B) imediatamente

c) imediatamente

d) imediatamente

e) imediatamente

285-

d) desenvolver programas articulados com educ/saúde e assistência social, para atender crianças , adolescentes e jovens em situação de risco.

287

c) Excluir

sábado, 30 de maio de 2009

Olá camaradas!

Mais uma semana se passou. Mas vamos lá.

Como já havia postado aqui, esta semana ocorreu a Conferência Micro-Regional de Educação, como preparativo para o CONAE 2010. Ela contou com a participação de profissionais da educação de 25 cidades da região, num total de 130 pessoas. Neste encontro pudemos preparar o documento base de nossa região que será levado à Conferência Macro-Regional em Varginha. Também foram eleitos os delegados para o mesmo evento.
Foi muito bom participar pois a tempos não se via tantas pessoas unidas debatendo sobre educação em nossa região, num encontro delibeativo. Isto é bom também para introduzirmos a cultura do debate aqui em nossa cidade. Infelizmente ninguém tirou fotos da minha palestra, onde apresentei e analisei os eixos temáticos da conferência. Mas está bom, fui muito elogido pelos presentes (rs).

Em breve estarei publicando o documento final de nossa conferência (neste momento ele está sendo esquematizado em pdf). Abraços para todos.

domingo, 24 de maio de 2009

Domingo da velocidade IV - E dá-lhe Helinho!!!

Helinho é TRI!!!

Pela terceira vez desde 2001 Hélio Casto Neves (não sou americano para escrever junto) venceu as 500 milhas de Indianápolis de forma brilhante. Largando na pole-position, fez uma corrida fantástica, mas que também contou com um pouco de sorte. Graças ao acidente dos conterrâneos Vitor Meira e Raphael Matos (aliás, batida chocante! Nada grave para os pilotos), Helinho pôde terminar a corrida sem precisar voltar aos boxes.

Pô, o cara tava preso há um mês atrás!!!

Parabéns Helinho! Tu merece.

Domingo da velocidade III - Mulheres velozes

Aproveitando o mote das 500 milhas de Indianapolis, apresento aqui as beldades que elevam a nossa astuta atenção (rs) e a audiência da Fórmula Indy. Estamos falando de Sara Fisher, Milka Duno e Danica Patrick.

Sara Fisher foi a primeira a dar graça de sua beleza. Despontou na categoria no início do século e já até deu umas voltas num McLaren de Fórmula 1 em Indianápolis em 2002. Loirinha, ainda não mostrou seu talendo dentro da pista, mas fora...

Já a venezuelana Milka Duno é a mais nova do grid. Intelectual, é engenheira naval e já fez quatro pós-graduações. Inteligente (valorizo isso), mas não é a mais bonitinha (mas o corpo!!). Mas na pista...







Mas Danica Patrick... A mais gata e a melhor entre as mulheres!! Adotada como a queridinha da Fórmula Indy, também é boa de braço. Já deu muito trabalho para seus colegas e já demonstrou seu talento. Muito boa, boa mesmo!! E venceu as 300 milhas de Motegi (Japão) no ano passado. Suas fotos sensuais também não ficam atrás.


Mas o Brasil também está bem representado. A nossa Bia Figueiredo não corre na categoria máxima, mas disputa a Indy Lights. Teve muito destaque no Brasil e um pouquinho na Europa. Também já disputou uma etapa da A1GP pela equipe nacional. Nesta sexta sofreu um acidente em indianapolis mas está tudo bem com ela. Apenas ganhou um esparadrapo no queixo.

Domingo da velocidade - II - Acidente com o Kanaan!!!

Pô, é só falar que acontece.

O Tony Kanaan acaba de bater na curva quatro na 98º volta. Batida feia, mas tudo bem com o piloto.

Era um que tinha chances de vencer hoje. Ele estava muito confiante. Só restou três brasileiros agora: Helinho, Vitor Meira e Raphael Matos.

Domingo da velocidade - I

Estamos no meio da tarde (não confie no horário da postagem) e em pleno domingo de corridas importantes.

Começamos o dia às 9 horas com o Grande Prêmio de Mônaco, sexta etapa do campeonato mundial de Fórmula 1. Como era de esperar Jenson Button venceu mais uma vez, com o Rubinho em segundo (mais uma dobradinha da Brawn GP) e Massa em quarto. Ótimo para a Ferrari, que se recuperou em relação as corridas passadas. Esperamos pela Turquia daqui a duas semanas.

Agora é hora das 500 milhas de Indianápolis. Neste exato momento estamos na 65º volta, de 200, e tem brasileiros na disputa: Tony Kanaan e Hélio Castro Neves (separado, no português). Sou fã do Helinho deste quando ele foi campeão na Fórmula 3 brasileira em 1994. Ele esteve preso nos EUA por causa de sonegação de impostos (crime gravíssimo lá, pena que não é aqui) e conseguiu dar a volta por cima e conseguir ser o pole nesta prova.

Bom, vou continuar assistindo a corrida (fato que repito todos os anos desde 1993 quando o Emerson Fittipaldi venceu pela segunda vez). E ainda tenho que estudar hoje para a palestra de amanhã.

Até mais.

sábado, 23 de maio de 2009

Por enquanto, sem novidades no front!!

Boa noite camaradas.

Por enquanto sem muitas novidades. Um sábado bem morno de assunto. Só mesmo a quarta pole do Jenson Button. Bom, isso é novidade?

Novidade mesmo é meu grande amigo Adelmo dar as caras. Não, ele não veiome visitar. O camarada ainda está nos Estados Unidos (não sei o que ele faz lá: trabalhando, estudando, etc?), mas ele a pouco visitou este blog e deixou um comentário sobre o movimento por lá.

A análise que ele faz é de que a situação do Obama não está boa. Isto é, do trabalhador americano. A comunidade hispanica, grande força-de-trabalho, anda muito insatisfeita com ele. Pelo que o Adelmo falou, a situação de discriminação e exploração não persiste por parte do governo. Ele até mesmo fez um comparativo com o Lula no Brasil.
É meus amigos, por dentro do regime é bem dificil as transformações que tanto desejamos aconteçam. Só a luta muda a vida. Valeu Adelmo, por sua visita e por sua postagem.

Só para terminar, a Conferência Micro-regional de Educação (etapa para o CONAE) será realizado em dois dias. A abertura será segunda-feira no Hotel Glória, com o credenciamento às 8 horas e a cerimonia de abertura às 10 horas.

Não percam. Até mais!!

Olá camaradas!!

Mais uma semana se foi...
Hoje terminou a Conferência Municipal de Educação, etapa municipal para o CONAE 2010, cujo o primeiro dia foi quarta-feira. Foi muito bom pois todo espaço para discussão é importante para nós profissionais da área.
Conseguimos montar o texto final do municicpio, baseado no documento-referência expedido pela comissão organizadora do CONAE e modificado por nós através de nossos grupos de trabalho e aprovado em plenária final. Também foi eleito os delegados de Caxambu para a Conferência Micro-regional de Educação, a ser realizado na próxima segunda, aqui mesmo em Caxambu.
Falando na Conferência Micro-regional, a secretária municipal de Educação, a minha colega professora Maria do Carmo, me convidou para dar a introdução inicial dos eixos temáticos à serem debatidos no encontro. Obrigado pelo convite Carminha, é uma honra.
Em breve estarei dando mais notícias.
Até mais!!

domingo, 17 de maio de 2009

Imagens do passado - I

Por pedidos de alguns alunos, vou postar algumas fotos da época que fui piloto de kart e disputava o Campeonato Valeparaibano de 1996. Em breve postarei mais.






Parabéns Amaury!!

Gostaria de parabenizar o meu amigo Amaury, o novo secretário da nova escola técnica de Caxambu, nomeado pelo novo diretor, o também companheiro Zé Laércio.

Apesar de dar algumas cabeçadas na vida (rs) ele é um cara competente, além de extremantente dedicado ao debate pedagógico. Não é atoa que ele também é coordenador da unidade de Caxambu do CEFET.

Parabéns Amaury!!

Que semana, hein!?!

Olá camaradas!

Desculpe o longo hiato nas postagens. Realmente essa semana foi dura e carregada. Muito trabalho, dor de cabeça e desilusão. Meu coração não aguenta mais (!?!?)

Mas vamos lá. Tenho algumas novidades boas para vocês. Nesta próxima semana a Secretaria Municipal de Educação de Caxambu estará organizando a Conferência Municipal de Educação, primeira etapa para o CONAE 2010 (Conferência Nacional de Educação) que se realizará ano que vem. O objetivo é debater e construir uma nova concepção de educação e do papel do Estado. Inúmeras entidades estão participando deste evento.
"A Conferência Nacional da Educação (CONAE) a ser realizada em 2010,precedida por conferências municipais e estaduais, em 2009, será um acontecimento ímparna história das políticas públicas do setor educacional no Brasil. Sociedade civil, agentespúblicos, entidades de classe, estudantes, profissionais da educação e pais/mães (ouresponsáveis) de estudantes se reunirão em torno da discussão pela melhoria da qualidadeda educação brasileira, a partir do tema central: Construindo o Sistema NacionalArticulado de Educação: O Plano Nacional de Educação, Diretrizes e Estratégias de Ação." (fonte CNTE)

Eu e mais alguns colegas de Polivalente fomos convidados pela secretária de educação Maria do Carmo (Carminha) para coordenar alguns Grupos de Trabalho na conferência. Nós acreditamos que é uma ótima oportunidade de construir um debate em nossa região, além de podermos dar o ponta-a-pé inicial no nosso projeto de "Coletivo Pedagógico" aqui em Caxambu.
A Conferência Municipal será nos dias 20 e 21 de maio, a partir das 14 horas, no Hotel Glória (talvez mude para o Palace, do outro lado da rua).

Outra novidade é que a professora Fátima e eu fizemos uma pequena palestra para os representantes de turmas do EJA Polivalente, sobre a criação da AEEJA (Associação dos Estudantes de EJA). A idéia foi bem recebida pelos presentes e até já foi formada uma comissão pró-AEEJA, com a primeira reunião marcada para esta segunda. É bom essa iniciativa de nossos alunos, que na verdade são estudantes trabalhadores, que perceberam que a união faz a força.

E por último, já começamos os trabalhos para o III Miss e Mister Polivalente 2009. O nosso primeiro passo foi o ensaio fotográfico que fizemos no Parque das Águas com as meninas candidatas. As filmagens ficaram ótimas, e as fotos ficaram boas para o nosso material de divulgação. As meninas são lindas e esse ano vai ser bem concorrido o nosso desfile. Confiram.

Bom, é isso gente. Se lembrar de mais alguma coisa, eu volto aqui para escrever mais.

Valeu!!

(fotos meramente ilustrativas)

domingo, 10 de maio de 2009

Dica de Leitura - IV

Ola Camaradas!!

Outra dica de leitura é o livro "A Teoria do Valor em Marx e a Educação". Na verdade este livro é uma coletânea de nove artigos ciêntíficos, como resultado das teses dos mestrandos em Educação da USP do ano de 2004, organizados pelo professor Vitor Henrique Paro, da mesma univerdade.

Estes trabalhos apresentam a reflexão dos fundamentos teóricos da teoria marxiana do valor, a partir dos textos econômicos de Marx, buscando, ao mesmo tempo, fundamentar reflexões a respeito da educação e da escola.

Então boa leitura!!

Dia das mães

Feliz dia das mães.
Principalmente à minha.
Parabéns!!

PS: Pouco, né?!? hoje deve as emoções devem ser mais particular , rs.

sábado, 9 de maio de 2009

Vamos construir o Coletivo Pedagógico!!

O debate é importante, é verdade.

Mas como toda iniciativa, é um trabalho difícil. Estimular um debate coordenado sobre a educação tem sido um processo bastante complicado em nossa região.
Há dois meses iniciamos este trabalho via internet, mas a maioria das pessoas que entraram em contrato com a gente são outras regiões do país. É muito bom essa participação mas não alcançamos o objetivo de levar este debate as pessoas de Caxambu e cidades vizinhas.

Por isso estamos pensando muito em mudar nossa tática.

Inspirado pelo modelo de formação educacional do departamento de educação do Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (MST) e pelos núcleos de debate de Paulo Freire, propus aos meus colegas a criação do "Coletivo Pedagógico". Mas o que seria isso?
Seria uma espécie de núcleo de professores, onde debateriamos a educação brasileira através de vários eixos temáticos que, ao final, as ideáis e propostas seriam esquematizados em um documento como um ponta-a-pé iniciar de um debate maior. O nome pedagógico daria uma abrangência maior entre os demais profissionais da educação e estudantes da área ou não.

Como sugestão, apresento quatro eixos temáticos. São eles:
Eixo Temático 1:
Educação e Luta de Classes: O papel da educação na sociedade capitalista.

Eixo Temático 2:
De Anísio Teixeira à Fernando Haddad: A educação brasileira no século XX.

Eixo Temático 3:
A Era Digital: A educação e a informática no século XXI.

Eixo Temático 4:
Sindicalismo de professores: A luta pela qualidade e pela valorização do profissional da educação.

Quem tiver sugestões, ou quem se interessar, entre em contato comigo. Temos que construir este debate em conjunto.

Dica de Leitura - III

Ola camaradas!!

Gostaria de fazer mais uma sugestão de leitura. É olivro Eudcação e Luta de Classes, do escritor mexicano Aníbal Ponce e escrito na década de 1930.

Ponce procura fazer uma análise histórica da educação e das práticas educacionais desde as sociedades primitivas até o século XX. O mais importante de sua obra é a sua contextualização histórica, tentando expor os objetivos que os Estados tinham em relação a ela e o seu papel na luta de classes como instrumento de dominação. É uma boa sugestão para professores e estudantes da área.

Então boa leitura!!

quarta-feira, 6 de maio de 2009

ENSINO - EDUCAÇÃO É A MAIOR PREOCUPAÇÃO DOS BRASILEIROS.

Esta matéria foi publicada no IG EDUCA, do portal do IG, no dia 5 de maio último.
Uma prévia da pesquisa do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) constatou que a maior preocupação dos brasileiros é o ensino. O levantamento já ouviu 360 mil pessoas em todo o país, e questionou o que precisa mudar no Brasil. Até o momento, 20% dos entrevistados se declararam preocupados com o ensino.
O fato de a maior parte das pessoas considerarem a educação como o maior problema do Brasil é bastante significativo, uma vez que a pesquisa não dá alternativas de resposta. O término da pesquisa - que pretende ouvir 400 mil pessoas ao todo - e da análise dos dados deve ocorrer até o fim de maio. A pesquisa faz parte da Campanha Brasil Ponto a Ponto, iniciada em novembro de 2008. Quem quiser participar pode acessar o site da campanha.
Opinião se repete
Em 2006, uma pesquisa de opinião feita pelo governo federal, parte do programa Brasil Três Tempos, teve conclusão similar. Entre 50 temas de políticas públicas, a educação ficou em primeiro lugar como prioridade.
Um outro estudo, do Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (Ibase), feito em 2007 identificou entre os jovens a mesma preocupação com o ensino.
Qualidade
Dentre os que citaram educação como prioridade no estudo do PNUD, a maior parte se mostrou mais interessada na melhoria da qualidade do ensino, traço que vem sendo discutido com freqüência. O censo de 2000 do IBGE mostrou que apenas cerca de 6 milhões de brasileiros possuem diploma de nível superior.
Este ano, uma prova entre alunos do ensino fundamental da rede pública do Rio de Janeiro teve altos índices de reprovação.
Os dados do último Enem, divulgados na última semana, também demonstraram a má qualidade do ensino nas escolas públicas estaduais. Das mil escolas com piores notas no exame, 965 eram públicas estaduais. Já entre as mil melhores, somente 36 eram dos estados. Os números são significativos já que as escolas estaduais da rede pública concentram 85% dos alunos de ensino médio no Brasil.
Permanência nas escolas
Apenas 2,5 % das crianças entre 7 e 14 anos estão fora da escola. O dado parece animador. Contudo, um levantamento da Fundação Getúlio Vargas (FGV) revelou que essa cifra engana, já que o número de alunos matriculados é bem superior ao número de alunos que realmente freqüentam as aulas.
De acordo com a FGV, o déficit escolar no Brasil é, na verdade, de 17,7%, quando levada em conta a frequência escolar, e não apenas a matrícula. O estudo ainda mostrou que os alunos brasileiros com até 17 anos permanecem, em média, menos de três horas diárias em sala de aula, enquanto a legislação exige quatro horas.
Além de os alunos ficarem menos que o devido, a exigência legal é pequena, segundo Marcelo Neri, responsável pelo estudo. Ele cita que na África do Sul a carga horária é maior: de seis horas de aula por dia.
MEC propõe mudanças
Visando melhorar o ensino no país, o Ministério da Educação fez uma proposta de trocar as disciplinas do ensino médio por áreas de conhecimento. Assim, as 12 matérias que existem hoje seriam substituídas por cinco áreas: línguas, matemática, humanas, exatas e biológicas. A proposta será analisada esta semana pelo Conselho Nacional de Educação.
Para o MEC, o currículo atual é muito fragmentado e o aluno não vê interdisciplinaridade ou aplicabilidade no que é ensinado, o que reduz o interesse do jovem pela escola e a qualidade do ensino.
O novo Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), que deverá substituir o vestibular das universidades federais, será um incentivador desse novo sistema, pois também não terá divisão por disciplinas.

terça-feira, 5 de maio de 2009

A Educação como meio ou como fim?

Em muitos artigos, publicados ou não, tenho defendido a necessidade de repensarmos a educação em nosso país. Que era necessário destruirmos a educação institucional e criarmos, sob novas bases e princípios, uma educação libertadora que transformasse a sociedade (ou a realidade social).

Infelizmente algumas pessoas tem me interpretado mal. Não que são contrárias a qualquer tipo de transformação, mas por acreditarem que a educação é a tática e a estratégica únicas para transformar a sociedade. Desculpe, mas esta interpretação está equivocada.

A educação existente em uma sociedade é o reflexo da ideologia dominante nessa mesma sociedade. No caso na escola pública, a educação está sob a direção, gestão e controle direto do Estado, que por sua vez, como diria Marx, é o comitê central da classe dominante.

Então nos encontramos numa grande contradição. Ao defendermos simplesmente e unicamente a destruição da velha idéia de educação e a construção de uma nova, acreditaremos que poderemos mudar a sociedade. Como faríamos isso se a educação institucional está sob controle do Estado, como disse acima?

Alguns profissionais da educação insistem em dizer que a educação é o ÚNICO caminho para a transformação. Mas ao dizer que “transformar a escola e modificar por seu intermédio a própria sociedade” (PONCE, 1998, p. 162) é negar a mecânica da transformação social, e acima de tudo, negar que os fatores econômicos é que determinam a realidade social. Modificar a infra-estrutura não irá fazer com que se transforme a supre-estrutura e a própria estrutura.

Será que EU estou entrando em contradição? Deixe-me explicar. A construção de uma nova idéia de educação deve ser o meio, e não o fim, para transformar a sociedade. A burguesia está no poder, e enquanto ela estiver nunca haverá uma transformação institucional da escola, mesmo com tantos esforços físicos e intelectuais dos que tanto a desejam. Se for preciso o Estado burguês não hesitará em expor professores rebeldes em suas forcas. “Enquanto a sociedade dividida em classes sociais não desaparecer, a escola continuará sendo uma simples engrenagem dentro de um sistema geral de exploração, e o corpo de mestres e professores continuará sendo um regimento, que, como os outros, defende os interesses do Estado.” (PONCE, p. 182)

Quando falo em transformação pela educação, falo em trabalhar a educação como uma trincheira do proletariado na sua luta pela sua emancipação. “(...) a educação não é um fenômeno acidental dentro de uma sociedade de classes, e que, para renová-la de verdade, é necessário transformar desde a base o sistema econômico que a sustenta.” (PONCE, p. 177). Somente tendo consciência que a luta e a ação direta do proletariado pode levar a sua própria emancipação. Se nós quisermos ter uma verdadeira educação, que leve o aluno a formar e a se desenvolver assegurando uma vida digna liberta e culta, tanto no individual quanto principalmente coletiva, temos que nos lançarmos à luta pela ruptura do sistema.

Por isso que, de imediato, a educação deve ser trabalhada com esse objetivo. Construir uma idéia de transformação, de conhecimento de sua própria realidade, da necessidade de organização e, fundamentalmente, da construção de uma consciência de classe. É realizar a transição nos alunos de classe em si para classe para si (MARX, 2006). Somente a partir daí, com uma formação consciente, mesmo que marginal, as transformações reais em nossa sociedade realmente poderão acontecer.

Receita nova, absurda? Não. A burguesia usou de mesmas armas no século XIX para se libertar da nobreza e assim conseguir destruir o Antigo Regime e construir a sociedade capitalista atual.

Confesso que isso não é fácil, muito pelo contrário. A grande maioria de nós professores não tem a idéia desta necessidade. Muitos daqueles acreditam que se forçarmos algumas reformas por dentro da ordem institucional do Estado, poderemos então alcançar as desejadas transformações. Doce ilusão. Precisamos avançar nossas mentes e nossos conhecimentos num outro sentido.

Repensarmos o papel da educação e da escola, entender a mecânica e a realidade social, atuar politicamente nos sindicatos e nos meios acadêmicos, construir uma nova idéia de educação através de um trabalho coletivo nas universidades e nos centros formação pedagógica, com os professores minando as velhas doutrinas impregnadas pela ideologia burguesa, são as tarefas fundamentais para a construção de uma nova sociedade, onde o homem será livre em sua excelência, aproveitando ao máximo o conhecimento formado em si e em sua coletividade.

Bibliografia:

MARX, Karl. FRIEDRICH, Engels. O Manifesto Comunista de 1848. São Paulo. Editora Paz e Terra. 16.ª Edição. 2006

PONCE, Aníbal. Educação e Luta de Classes. São Paulo. Editora Cortez. 16ª edição. 1998

domingo, 3 de maio de 2009

Balanço da Greve de 24 horas (24 de Abril)

Olá classe!!
Sei que estou muito atrasado, mas somente agora recebi o balanço da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação) sobre a Greve de 24 horas nacional do último dia 24 de abril.

Olha, os números apresentados pela CNTE são muito otimistas. Acredito que não está refletindo a realidade. Na verdade a paralisação não conseguiu atingir seu objetivo, que é mobilizar integralmente a categoria e dar visibilidade à luta.

Um exemplo de exagero é Minas Gerais. Segundo os informes da CNTE e da SindUte/MG, as escolas estaduais mineiras tiveram adesão de 80%. Será mesmo? Estive em profundo contato com a sub-sede de Varginha e região e NENHUMA caravana saiu do sul de Minas para as atividades em Belo Horizonte. Também não houve NENHUMA atividade local que viabilizasse a mobilização dos professores.

O que está de errado?
Infelizmente não poderia ser diferente quando existe uma burocracia no comando. Não existe uma política de mobilização de base por parte da atual diretoria. Não se privilegia a construção de uma vanguarda na base do professorado. Não se atua no interior do Estado. Não existe caravanas do SindUte pelo interior para conhecer a realidade das escolas.

Até quando isso?

Este ano tem congresso da Ute, mas será que algo vai mudar? O problema é que temos uma burocracia que se perpetua no poder e se sente muito bem sentado em suas cadeiras, achando que Minas é só BH. Que acredita que os trabalhadores estão sob seus comandos, esperando um estalar de dedos para paralisar e depois voltar a trabalhar sem conseguir nada com outro estalar. O que é isso companheiro?

É hora de mudar, já!!

Vamos mudar o SindUte

(vamos ao informe)
"Mais uma vez nossa greve teve um balanço positivo. Em todos os estados a categoria aderiu ao movimento. Estamos mobilizados e vamos continuar mobilizados para que os governos estaduais e municipais coloquem em prática o piso salarial nacional do magistério da forma como foi aprovado no Congresso, após meses de amplo debate.
Ainda tem professor no Brasil, como é o caso do Rio Grande do Sul, que ganha menos que o salário mínimo. A lei sancionada em julho do ano passado pelo Presidente Lula determina que o valor do piso é de R$ 950 para uma carga horária de até 40 horas semanais.
Por isso, não vamos dar trégua a governadores e prefeitos que não querem assumir essa responsabilidade.
A interpretação que o Supremo Tribunal Federal deu é que até o julgamento do mérito o valor do piso poderá ser composto por gratificações e abonos. Para governadores e prefeitos manter essa política é mais vantajoso porque esses penduricalhos não são incorporados ao salário do educador.
O país precisa aprender a respeitar a vontade do povo que foi expressa no parlamento.
Por isso, enquanto a legislação não for obedecida vamos pressionar. Faremos quantas greves forem necessárias até o cumprimento da lei." (fonte http://www.cnte.org.br/)

sábado, 2 de maio de 2009

Vamos participar!!

Os números do fracasso da educação pública

Nesta última semana foram divulgados os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) efetuado ano passado com estudantes de escolas públicas e particulares brasileiras. Os números divulgados são alarmantes e contrariam o discurso dos governos estaduais, que argumentam o crescimento nos índices educacionais.

Das 1000 (mil) melhores escolas, segundo o ENEM, 906 são particulares, 58 são federais e apenas 36 são estaduais, das 1000(mil) escolas com pior desempenho 965 são estaduais, 28 são municipais e 7 são particulares.
Das 100 (cem) melhores colocadas 29 estão no Rio de Janeiro, 23 em Minas Gerais e 20 em São Paulo sendo que destas 100 escolas 83 são particulares, 15 são federais e apenas 2 são estaduais. (fonte www.educacaoemdebate.com)


Podemos enumerar diversas razões para a crise da educação pública. Mas podemos dizer também que as próprias políticas públicas educacionais, implementadas (ou impostas) pelo Estado criaram essa situação alarmante. Como já disse antes, a insistência em uma educação com o objetivo claro de manter e perpetuar o status quo de um sistema excludente (como é o capitalismo) é o grande responsável por essa crise.

Investimento na educação e valorização e formação dos profissionais da educação são muito importantes. Mas não adianta fazer essas ações apenas. É necessário repensar o papel da educação, mesmo a institucional. Precisamos lutar por uma educação libertadora, includente, que forme uma geração de sujeitos sociais de sua própria realidade, e não ferramentas e engrenagens do sistema, para que se mantenha uma sociedade de privilegiados sustentados pelos trabalhadores.

Volto a repetir, precisamos de uma nova educação, libertadora.

sexta-feira, 1 de maio de 2009

Vamos participar!!

Ecos do Passado – III: Um desabafo para a luta

Olá amigos!
Nesta semana, conversando com algumas alunas minhas do Magistério sobre crise da educação brasileira, falei sobre a educação que o Estado oferece e a educação de verdade (ou que deveríamos lutar). Neste momento lembrei de um pequeno texto que havia escrito em 2005, em razão de um encontro da Apeoesp realizado na minha universidade. Diante dos fatos e das circunstâncias vou publicá-lo para vocês.
Boa leitura e não se assustem com a raiva!

“Desculpe a todos os professores que não saibam disso e que, ou se iludem com os números e as palavras bonitas dos governantes, ou já se desiludiram totalmente.
Na verdade, a educação pública brasileira (a institucional) tem um objetivo claro. E não é aquele que está escrito nos projetos políticos pedagógicos, nem nos textos de políticas públicas, que diz que é a formação social e cidadã do indivíduo.
O Estado burguês, como gestor do sistema capitalista, impõe um objetivo claro. É de formar uma massa de mão-de-obra barata letrada que possa suprir as necessidades de força-de-trabalho no capitalismo, isto é, a escola (como os governos querem) é para formar "robôs". E o modelo de professor "ideal" do Estado é o programador de jovens. Tudo isso para manter o status quo do capitalismo e perpetuar uma sociedade injusta e socialmente desigual (da riqueza de alguns e da miséria de muitos).
E não pense que a escola particular foge desta situação. O projeto não pode ser claro mas tem um objetivo inserido: Formar uma classe dirigente intelectualmente e factualmente, sem contestação, igualmente solidária com o status quo e programadora de jovens. É só observar a realidade dentro das escolas.
O que nos resta agora?
Apesar de tudo, nós professores temos um papel social importante. Temos responsabilidades. Não podemos nos deixar transformar em parte desta engrenagem do sistema. O nosso papel é romper com isto. Nossa única alternativa é construirmos uma nova idéia de escola, de ensino. Construir o que Paulo Freire chamou de Educação Libertadora, que possa romper com nossas amarras e construirmos um futuro melhor, de esperança em uma sociedade justa e verdadeiramente igualitária, de irmãos trabalhadores.”


PS.: também publiquei este texto como postagem no Fórum de debates, com algumas modificações.

1º de Maio: Dia do Trabalhador

Hoje é feriado!! Mas não um feriado qualquer. Hoje comemoramos o dia do Trabalhador. Um dia de homenagens aos irmãos que tombaram na luta pela emancipação proletária. Também é um dia de protestos e lutas pelos direitos dos trabalhadores.

Infelizmente hoje em dia no Brasil perdeu-se muito do significado do 1º de maio do início, quando surgiu no final do século XIX para lembrar os operários mortos em uma grande manifestação em Chicago em 1886, exatamente num primeiro de maio. Este dia foi escolhido como o dia mundial de luta dos trabalhadores.

Mas desde o século XX muitos governos transformaram este dia num feriado nacional com o objetivo de fugir de seu significado. Até mesmo o nome oficial no calendário brasileiro mudou para Dia do Trabalho. Mas mesmo assim esse dia era lembrado com manifestações e protestos, principalmente no Brasil.

Era bonito de se ver no Brasil dos anos de 1980 as grandes manifestações em São Paulo, organizados pelos sindicatos combativos e pela CUT.

Hoje em dia isso se perdeu. Nos anos 90 a pelega Força Sindical trocou os protestos pela festa organizada no Campo de Bagathelle com shows e distribuição de prêmios, deixando de lado o real significado do dia.

Pior aconteceu depois. Posteriormente, como conseqüência de sua linha política adotada a partir dos anos 90, a CUT também trocou as manifestações para fazer seus mega-shows na Avenida Paulista, ao mesmo estilo da Força. Sinais do peleguismo!!

Felizmente existem aqueles que resistem. A Conlutas e os sindicatos combativos de SP organizam todo ano o Primeiro de Maio Classista, com uma manifestação que costuma iniciar ou terminar na Praça da Sé. Lembro-me bem destes lindos dias. Palavras de ordem, exigências de direitos, protestos, faixas entre outras coisas davam o tom de nossas marchas. Sempre terminávamos cantando, emocionados, o Hino da Internacional. Alguns até se emocionavam.

Bons tempos aqueles.

Eles continuam lá, protestando. Pena não poder estar neste dia com eles. Uma pena mesmo. O que importa é plantarmos as sementes onde estamos. Enquanto professores, temos o papel social e o dever de construirmos através da educação libertadora uma nova consciência classista, que irá libertar a nós e a nossas futuras gerações.

Bem unidos façamos, nesta luta final
Uma terra sem amos
A Internacional!!

15 anos sem Ayrton Senna

Hoje, Primeiro de Maio, além de ser o dia do Trabalhador, também é o dia que se completa 15 anos da morte de Ayrton Senna da Silva, o tricampeão mundial de Fórmula 1, considerado herói nacional e mito mundial.

Como fã de automobilismo e Fórmula 1 não podia deixar de lembrar este fato aqui.

Lembro bem daquele 1º de Maio. Tinha 12 anos e estava acompanhando a corrida ainda vestido de pijamas em cima da cama. Por um deslize visual, perdi a cena ao vivo do acidente. Só lembro de ter ouvido o Galvão berrando. A partir de então chamei a família.

Lembro também que o novo namorado da minha irmã e alguns amigos estavam em casa, e todos acompanhando pela televisão o desenrolar daquele drama ao longo da manhã. Minha irmã mais velha rezava e tinha esperanças.

Quando veio a notícia da sua morte pela voz de Roberto Cabrini, foi como um balde de gelo caísse em nossas cabeças. Ninguém esperava de fato. Minha irmã chorava. Foi triste.

Este dia foi realmente marcante. Nunca vi o país parar como parou neste dia.

E nunca mais vi...

Imagem do dia: Paulo Freire

Este desenho é para os meus alunos do Magistério. Uma imagem para se inspirarem...