domingo, 3 de maio de 2009

Balanço da Greve de 24 horas (24 de Abril)

Olá classe!!
Sei que estou muito atrasado, mas somente agora recebi o balanço da CNTE (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação) sobre a Greve de 24 horas nacional do último dia 24 de abril.

Olha, os números apresentados pela CNTE são muito otimistas. Acredito que não está refletindo a realidade. Na verdade a paralisação não conseguiu atingir seu objetivo, que é mobilizar integralmente a categoria e dar visibilidade à luta.

Um exemplo de exagero é Minas Gerais. Segundo os informes da CNTE e da SindUte/MG, as escolas estaduais mineiras tiveram adesão de 80%. Será mesmo? Estive em profundo contato com a sub-sede de Varginha e região e NENHUMA caravana saiu do sul de Minas para as atividades em Belo Horizonte. Também não houve NENHUMA atividade local que viabilizasse a mobilização dos professores.

O que está de errado?
Infelizmente não poderia ser diferente quando existe uma burocracia no comando. Não existe uma política de mobilização de base por parte da atual diretoria. Não se privilegia a construção de uma vanguarda na base do professorado. Não se atua no interior do Estado. Não existe caravanas do SindUte pelo interior para conhecer a realidade das escolas.

Até quando isso?

Este ano tem congresso da Ute, mas será que algo vai mudar? O problema é que temos uma burocracia que se perpetua no poder e se sente muito bem sentado em suas cadeiras, achando que Minas é só BH. Que acredita que os trabalhadores estão sob seus comandos, esperando um estalar de dedos para paralisar e depois voltar a trabalhar sem conseguir nada com outro estalar. O que é isso companheiro?

É hora de mudar, já!!

Vamos mudar o SindUte

(vamos ao informe)
"Mais uma vez nossa greve teve um balanço positivo. Em todos os estados a categoria aderiu ao movimento. Estamos mobilizados e vamos continuar mobilizados para que os governos estaduais e municipais coloquem em prática o piso salarial nacional do magistério da forma como foi aprovado no Congresso, após meses de amplo debate.
Ainda tem professor no Brasil, como é o caso do Rio Grande do Sul, que ganha menos que o salário mínimo. A lei sancionada em julho do ano passado pelo Presidente Lula determina que o valor do piso é de R$ 950 para uma carga horária de até 40 horas semanais.
Por isso, não vamos dar trégua a governadores e prefeitos que não querem assumir essa responsabilidade.
A interpretação que o Supremo Tribunal Federal deu é que até o julgamento do mérito o valor do piso poderá ser composto por gratificações e abonos. Para governadores e prefeitos manter essa política é mais vantajoso porque esses penduricalhos não são incorporados ao salário do educador.
O país precisa aprender a respeitar a vontade do povo que foi expressa no parlamento.
Por isso, enquanto a legislação não for obedecida vamos pressionar. Faremos quantas greves forem necessárias até o cumprimento da lei." (fonte http://www.cnte.org.br/)

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