quinta-feira, 26 de março de 2009

Violência nas Escolas


Esta última semana surgiu uma enxurrada de notícias sobre violência dentro das escolas, principalmente agressão de alunos contra professores. Apesar de grande espaço na mídia nos últimos dias, isso é apenas um reflexo da situação que se encontra amuito tempo nossas escolas.

A culpa é de quem? Dos alunos? De suas famílias, que não conseguem garantir uma educação domiciliar e familiar inicial? dos professores, que não estão preparados para uma nova realidade social? Do Estado, com suas políticas públicas fracassadas? Do sistema, que nos empurra um sistema capitalista excludente que se reflete na escola brasileira? Na verdade é tudo isso e mais um pouco. Não tenho todas as respostas, apenas mais perguntas.

Para refletir sobre isso, deixo aqui uma matéria enviada a mim pelo meu amigo Amauri, sobre o caso ocorrido na última segunda-feira.



Após ter ser agredida por uma aluna dentro da escola e ter sofrido um traumatismo craniano, a professora Glaucia da Silva, 25 anos, afirma que não pretende retornar para a escola mais. A agressão ocorreu na segunda-feira (23). "Para lá, não volto mais", diz. Ela conta que estava dando aula quando algumas meninas vieram correndo até a porta da sua sala, bateram com o pé e saíram gritando pelos corredores.

"Como estava atrapalhando a minha aula, fechei a porta. Comecei a ouvir desaforos. Depois, saíram correndo. Fui até a direção e comuniquei [o fato]. A direção chamou algumas meninas. Quando voltei para a sala, meus alunos disseram que tinha uma outra menina, da 8ª série, que também estava envolvida, que eu não tinha visto", afirma.


Glaucia conta que foi, então, até a sala dessa aluna e pediu que descesse até a direção. "Ela disse que não iria porque eu não mandava nela, eu não era professora dela e eu não era ninguém. Eu disse que ela iria descer, sim, porque não era a primeira vez que fazia isso."
Ela diz que, nesse momento, virou as costas e foi agarrada pelos cabelos, por trás, e derrubada no chão. "Quando ela me derrubou no chão, caí de lado e bati a cabeça. Ela continuou me agredindo. Eu tentei proteger o rosto, ela me arranhou todo o pescoço, me deu socos e chutes." A professora afirma que não teria jogado chá em um primo da aluna, como a adolescente disse. Ela nega ter usado termos racistas para se referir à aluna. "Eu disse que aquela reação era bem coisa dela, posso ter dito que era coisa de uma vileira, mas não utilizei nenhum termo racista." (* Com informações do Zero Hora)

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