Esta reportagem é do Leonardo Sakamoto e foi postado em seu blog. Veja aqui sua reprodução:
Um grupo de 30 crianças e adolescentes, entre 6 e 17 anos, trabalhava na colheita de limão em condições precárias e com atraso de salário em Cabreúva, a cerca de 70 km da capital de São Paulo. A sorte deles só mudou graças a um adolescente resolver sair e denunciar à Polícia Militar que não estava recebendo remuneração pelo serviço.
De acordo com Renata Cíntia dos Santos, conselheira tutelar no município, que acompanhou a PM, só sete adolescentes, entre 12 e 17 anos, foram encontrados na fazenda Pinheirinho. “Eles nos relataram que outras 23 crianças e adolescentes também trabalhavam na colheita de limão, mas foram embora porque o patrão mandou, avisando que a polícia estava chegando”, afirmou a conselheira para a reportagem aqui da Repórter Brasil.
Mandar os trabalhadores embora antes da fiscalização ou da polícia chegarem, em outras palavras, “sumir com as provas”, é uma ação adotada frequentemente por produtores rurais em regiões de expansão agrícola que não querem assumir a culpa por tratar pessoas como animais. Dessa vez, o caso não se deu lá no Brasil profundo, mas a menos de uma hora de carro da maior cidade do país.
Dois dos adolescentes eram de Minas Gerais e estavam no local há três meses. Um deles exercia a função de olheiro, por ser o mais velho. Ele declarou que havia crianças com seis anos de idade que acompanhavam os pais no trabalho. Segundo a conselheira tutelar, os dois adolescentes vindos de Minas Gerais dormiam num quarto muito sujo, onde havia ratos e baratas.
O empregador cobrava R$ 40,00 por semana dos dois para fornecer alimentação. Na última semana, porém, eles se alimentaram com a comida doada pelos outros trabalhadores. “Eles estavam passando fome e frio”, conta a conselheira. O pagamento era por produção: R$ 2,00 a saca colhida.
Os adolescentes foram encaminhados para o Conselho Tutelar e receberam só parte do valor devido. “Um gerente da fazenda veio até aqui para fazer os pagamentos. Mas só pagou um pouco. Um dos adolescentes deveria receber R$ 800,00, mas só recebeu R$ 200,00″, detalha a conselheira tutelar. A Assistência Social de Cabreúva (SP) pagou a passagem de volta dos dois adolescentes de Minas.
Segundo a denúncia, as outras crianças e adolescentes moravam no município de Engenheiro Coelho (SP) e eram transportadas diariamente por cerca de 200 km em ônibus precário.
A Procuradoria Regional do Trabalho da 15º Região também está em contato com membros dos órgãos que estiveram no local da infração e deve entrar com uma representação contra o empregador.
De acordo com Renata Cíntia dos Santos, conselheira tutelar no município, que acompanhou a PM, só sete adolescentes, entre 12 e 17 anos, foram encontrados na fazenda Pinheirinho. “Eles nos relataram que outras 23 crianças e adolescentes também trabalhavam na colheita de limão, mas foram embora porque o patrão mandou, avisando que a polícia estava chegando”, afirmou a conselheira para a reportagem aqui da Repórter Brasil.
Mandar os trabalhadores embora antes da fiscalização ou da polícia chegarem, em outras palavras, “sumir com as provas”, é uma ação adotada frequentemente por produtores rurais em regiões de expansão agrícola que não querem assumir a culpa por tratar pessoas como animais. Dessa vez, o caso não se deu lá no Brasil profundo, mas a menos de uma hora de carro da maior cidade do país.
Dois dos adolescentes eram de Minas Gerais e estavam no local há três meses. Um deles exercia a função de olheiro, por ser o mais velho. Ele declarou que havia crianças com seis anos de idade que acompanhavam os pais no trabalho. Segundo a conselheira tutelar, os dois adolescentes vindos de Minas Gerais dormiam num quarto muito sujo, onde havia ratos e baratas.
O empregador cobrava R$ 40,00 por semana dos dois para fornecer alimentação. Na última semana, porém, eles se alimentaram com a comida doada pelos outros trabalhadores. “Eles estavam passando fome e frio”, conta a conselheira. O pagamento era por produção: R$ 2,00 a saca colhida.
Os adolescentes foram encaminhados para o Conselho Tutelar e receberam só parte do valor devido. “Um gerente da fazenda veio até aqui para fazer os pagamentos. Mas só pagou um pouco. Um dos adolescentes deveria receber R$ 800,00, mas só recebeu R$ 200,00″, detalha a conselheira tutelar. A Assistência Social de Cabreúva (SP) pagou a passagem de volta dos dois adolescentes de Minas.
Segundo a denúncia, as outras crianças e adolescentes moravam no município de Engenheiro Coelho (SP) e eram transportadas diariamente por cerca de 200 km em ônibus precário.
A Procuradoria Regional do Trabalho da 15º Região também está em contato com membros dos órgãos que estiveram no local da infração e deve entrar com uma representação contra o empregador.
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